Em um contexto alarmante de crescente radicalização e violência, as crianças judias estão sendo forçadas a conviver com a preocupação de sua segurança nas escolas. Recentes incidentes, como o brutal assassinato de dois jovens próximos a um museu judaico em Washington e um ataque violento em Boulder, Colorado, ressaltam a urgência dessa questão.
Estudos apontam que 46% da população adulta mundial, aproximadamente 2,2 bilhões de pessoas, sustentam crenças antissemitas, resultando em uma crise global que exige atenção e ação coletiva. O discurso anti-Israel que permeia a sociedade contribui para a desumanização dos judeus, criando um ambiente hostil que acaba levando à violência.
Três exemplos de violência antissemita no exterior
Atos de vandalismo, assaltos e agressões contra judeus têm se proliferado em várias partes do mundo. Em Lyon, França, uma escola foi incendiada e pichada com suásticas. Sinagogas e um memorial também foram vandalizados em Paris. Além desses, um rabino em Normandy foi atacado em um incidente separado.
No entanto, a retórica de ódio também se faz presente na política, como no caso do presidente colombiano, Gustavo Petro, que equipara Israel ao regime nazista e tem usado a mídia social para disseminar discursos de incitação ao ódio.
No Canadá, uma criança judia sofreu bullying e assédio após os eventos de outubro de 2023, onde colegas de escola a assediaram com gritos de “os judeus devem morrer”. Esse fato demonstra que a violência pode ser alimentada até mesmo em contextos escolares, onde a ideologia e o preconceito se infiltram.
A normalização do antissemitismo é uma questão urgente e que não pode mais ser ignorada por líderes políticos e pela sociedade. Deve haver um claro delineamento entre o discurso aceitável e aquele que promove ódio, reforçando a necessidade de proteção e respeito aos judeus na sociedade.
A luta contra o antissemitismo é responsabilidade de todos
A história nos ensinou que o ódio não para nos judeus. À medida que os valores democráticos se deterioram, a violência se torna uma resposta aceitável às diferenças. Por isso, a luta contra o antissemitismo deve ser um esforço coletivo, envolvendo comunidades religiosas, partidos políticos e cidadãos de todo o mundo.
É essencial que medidas sejam tomadas para garantir a proteção das comunidades judaicas e que ameaças antissemitas sejam tratadas com seriedade pelas autoridades. A educação sobre história e os perigos do antissemitismo deve ser aplicada nas escolas, assim como a responsabilidade dos líderes políticos em denunciar quando o antissemitismo ocorrer.
Em última análise, precisamos reconhecer que nossas vozes são importantes. Todos têm um papel a desempenhar, desde o combate ao discurso de ódio até o apoio a instituições judaicas ameaçadas. Os recentes ataques em Washington e Boulder são sinais de alerta que não podem ser ignorados. O ódio cresce quando se olha para o outro lado; é hora de enfrentar o antissemitismo de frente.