As forças israelenses tomaram comando do navio de caridade Madleen, que tentava quebrar o bloqueio naval da Faixa de Gaza, e o barco com sua tripulação de 12 pessoas, incluindo a ativista Greta Thunberg, agora está a caminho de um porto em Israel, conforme relataram autoridades no último domingo.
A iate registrada na Grã-Bretanha, Madleen, operada pela Coalizão de Flotilha da Liberdade (FFC) pró-Palestina, tinha como objetivo entregar uma quantidade simbólica de ajuda à Gaza e aumentar a conscientização internacional sobre a crise humanitária na região.
No entanto, o barco foi abordado durante a noite antes de conseguir chegar à costa, informou a FFC em sua conta no Telegram. O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou mais tarde que estava sob controle israelense.
“O ‘iate dos influenciadores’ está a caminho seguro das costas de Israel. Os passageiros devem retornar aos seus países de origem,” disse o ministério em sua conta no X.
Todos os passageiros estavam seguros e ilesos, acrescentou o ministério mais tarde. “Eles receberam sanduíches e água. O show acabou.”
Entre os 12 tripulantes, estão a ativista climática sueca Greta Thunberg e a eurodeputada francesa Rima Hassan.
A “tripulação da Flotilha da Liberdade foi detida pelo exército israelense em águas internacionais por volta das 2 da manhã,” postou Hassan no X. Uma fotografia mostrava a tripulação sentada no barco, todos usando coletes salva-vidas, com as mãos para o ar.
O iate transporta um pequeno carregamento de ajuda humanitária, incluindo arroz e fórmula para bebês. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que será levado a Gaza. “A pequena quantidade de ajuda que estava no iate e não foi consumida pelos ‘influenciadores’ será transferida para Gaza através de canais humanitários de verdade,” disse.
O Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou no domingo que o exército impedisse o Madleen de alcançar Gaza, chamando a missão de esforço de propaganda em apoio ao Hamas.
Com o bloqueio naval imposto após o Hamas assumir o controle de Gaza em 2007, as circunstâncias se tornaram ainda mais críticas à medida que a situação humanitária se deteriora. O Ministério da Saúde de Gaza estima que mais de 54.000 palestinos foram mortos desde o início da campanha militar israelense, enquanto as Nações Unidas alertaram que a maioria dos mais de 2 milhões de residentes em Gaza enfrenta a fome.
A situação é alarmante e exige uma resposta imediata e solidária da comunidade internacional para garantir a segurança e a assistência adequada aos necessitados.