
O chanceler do Irã, Abbas Araqchi, declarou que os Estados Unidos “cruzaram uma linha vermelha muito grande” ao bombardear instalações nucleares iranianas, em uma ação coordenada com Israel. As declarações foram feitas em coletiva de imprensa em Istambul, onde Araqchi denunciou o ataque como uma violação da Carta da ONU e do direito internacional.
A ofensiva, confirmada pelo presidente americano Donald Trump, destruiu três centros nucleares — Fordow, Natanz e Isfahan — em uma operação militar precisa. Segundo Trump, os alvos foram “completamente destruídos” por mísseis e bombardeiros.
Durante a coletiva, Araqchi também anunciou que o Irã convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e pediu à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que condenasse formalmente os ataques. Ele acusou os EUA de “trair a diplomacia” e afirmou que não é mais relevante solicitar que o Irã dialogue.
Reunião com Putin e possíveis ações contra o Ocidente
Araqtchi revelou que se reunirá em breve com o presidente russo Vladimir Putin em Moscou para discutir a crise. Sobre a possibilidade de bloqueio do Estreito de Ormuz, ele comentou que “uma variedade de opções está disponível” e confirmou que as Forças Armadas do Irã estão em alerta máximo.
O ataque representa uma escalada significativa no conflito iniciado em junho, quando Israel bombardeou alvos iranianos. O Irã retaliou lançando mísseis contra cidades israelenses, resultando em muitas mortes e feridos.
A comunidade internacional observa preocupada o agravamento do conflito, temendo impactos negativos no mercado global de petróleo. Um bloqueio do Estreito de Ormuz pode elevar os preços do petróleo e desestabilizar as cadeias de fornecimento de energia.
Araqchi reforçou que não é hora de diálogo e enfatizou: “Quando a agressão terminar, poderemos falar sobre diplomacia.”

