Na última terça-feira, a Suprema Corte da Argentina confirmou a sentença de 6 anos de prisão e a proibição de assumir cargos públicos perpétua da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, decisão que marca um capítulo crucial na política argentina. Kirchner, que ocupou a presidência de 2007 a 2015, foi considerada culpada de corrupção ao direcionar contratos de obras públicas para uma empresa amiga durante seu governo.
A decisão da corte gerou divisão entre os argentinos. O apoio e a oposição à ex-presidente se intensificaram, levando seus partidários a realizar protestos e bloqueios em várias cidades.
No texto oficial da decisão, os juízes afirmaram que a medida “visa proteger nosso sistema republicano e democrático”. Kirchner, em resposta, considerou a sentença como motivada politicamente, alegando que os juízes “estão restringindo o voto popular”. Durante o julgamento, a ex-presidente planejava um retorno à política, o que agora se torna incerto.
Kirchner, que exerceu um papel ativo na política como vice-presidente de 2019 a 2023, continua a ser uma figura polarizadora, aclamada por seus apoiadores como defensora dos pobres e criticada pela oposição por sua gestão durante a crise econômica do país.
A reação do atual presidente, Javier Milei, foi de celebração da decisão judicial, manifestando-se nas redes sociais sem mencionar o nome de Kirchner, mas escrevendo apenas: “Justiça. Ponto.” Devido à sua idade avançada, espera-se que Kirchner cumpra sua pena em regime de prisão domiciliar, conforme previsto pela lei argentina.
