Lisboa Sedia Grande Manifestação Contra Racismo e Xenofobia
No sábado passado, milhares de pessoas encheram as ruas de Lisboa para protestar contra o racismo e a xenofobia, sob o lema “Não nos encostem à parede”. O evento, organizado por movimentos sociais e coletivos representativos de comunidades marginalizadas, foi considerado um marco na luta pela justiça social e pelos direitos humanos.
O protesto teve origem após uma operação policial polêmica em Martim Moniz, onde a imagem de imigrantes sendo revistados levou a uma condenação da instrumentalização da polícia em questões políticas. Alexandra Leitão, do Partido Socialista, enfatizou que “a polícia não pode nem deve ser instrumentalizada no discurso político”.
Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, vestiu a bandeira do orgulho anti-racista, afirmando que “o que nos une neste dia é a coragem da solidariedade nos momentos mais difíceis”. João Ferreira, do PCP, alertou sobre o “perigo da instrumentalização política das forças de segurança”.
Reação de Líderes e Participantes
A manifestação também abordou a falta de políticas inclusivas e os impactos do racismo estrutural. Vânia Puma, do Coletivo Mulheres Negras Combatentes, disse: “O que aconteceu na Rua do Benformoso não é um caso isolado”. Miguel Garcia, outro organizador do evento, celebrou a união entre portugueses e imigrantes, dizendo: “Hoje estamos a construir uma nova Lisboa, baseada no amor, solidariedade e união”.
Enquanto isso, uma vigília do partido Chega, ocorrendo paralelamente, teve um número significativamente menor de participantes. André Ventura, líder do Chega, criticou o governo, argumentando que a segurança do país está em risco por não se realizar operações de fiscalização adequadas.
Mensagens de Conclusão
A manifestação se encerrou com apresentações culturais, unindo música e arte como símbolo de resistência e afirmação. Flávio Almada, uma das lideranças do movimento, reforçou que essa luta “é apenas o início de uma jornada por justiça social”.
