As eleições legislativas de 2025 foram marcadas por grandes surpresas e reviravoltas no cenário político português. Neste domingo, dia 18 de maio, a Aliança Democrática (AD) conquistou mais deputados, porém sem alcançar a tão desejada maioria. Com mais de 1,95 milhões de votos, a AD totalizou 89 deputados, incluindo os do círculo dos Açores. Isso superou o número de deputados dos partidos à esquerda, que somaram um total de 69.
Resultados e Curiosidades
O Partido Socialista (PS) registrou um dos seus piores desempenhos na história, conseguindo apenas 23,38% dos votos, o que se traduz em 58 deputados. O PS só obteve um resultado inferior uma vez, em 1985, quando teve 57 deputados.
Além disso, o Chega, liderado por André Ventura, mostrou um crescimento notável, conquistando 58 deputados e garantindo vitórias em círculos eleitorais como Setúbal e Portalegre. O círculo de Bragança, no entanto, foi o único onde o Chega não elegeu deputados.
O Impacto nas Eleições
As eleições também mostraram uma significativa diminuição do número de deputados do Bloco de Esquerda, que agora contará apenas com Mariana Mortágua. Com a saída de quatro deputados, é a primeira vez que o partido estará representado por um único membro desde sua fundação em 1999.
A líder do Bloco, Mariana Mortágua, não conseguiu êxito nas urnas. O partido pretende reavaliar suas estratégias para o futuro.
Essa eleição se destacou não apenas pelos resultados, mas também pela dinâmica entre os partidos. A AD, apesar de ter mais votos que as esquerdas, não conseguiu formar um governo devido à fragmentação política.
Abstenção e Votação
A taxa de abstenção foi um aspecto importante, atingindo 35,6%, um número considerado baixo para os últimos 30 anos. Braga reportou a menor taxa de abstenção, enquanto os Açores registraram a mais alta, com 56,19%. Esta tendência pode influenciar as próximas eleições e a participação cívica no país.
Conclusão
Com esses resultados, Portugal se encaminha para um novo período de debates e articulações políticas. A interrogativa que se coloca agora é: como os partidos irão se unir ou se separar no futuro próximo? O tempo dirá, mas o cenário electoral está mais imprevisível do que nunca.

