Atraso de 125 anos na homenagem

Após um longo período de contestações judiciais e quase um século e meia de espera, os restos mortais do renomado escritor português Eça de Queiroz foram finalmente trasladados para o Panteão Nacional em Lisboa. A cerimônia, que ocorreu no dia 8 de janeiro, começou na Assembleia da República antes de seguir em cortejo para o espaço que agora abriga o legado do autor de clássicos como “Os Maias”.

Eça de Queiroz recebe honras no Panteão Nacional: Um reconhecimento histórico

Uma decisão do Parlamento

A urna com os restos mortais de Eça foi depositada ao lado de grandes nomes da literatura e cultura portuguesa, como Sophia de Mello Breyner e Almeida Garrett, num ato que foi descrito pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como um “ato de justiça”. Em sua fala, ele destacou a importância de relembrar e estudar a obra de Eça, afirmando: “a maior homenagem a Eça será, sem dúvida, reeditá-lo, estudá-lo e acima de tudo lê-lo”.

Legado imortal

O trineto de Eça, Afonso Reis Cabral, também fez um discurso emocionante, sublinhando que o escritor “entra no Panteão Nacional levado aos ombros pela gente que tanto o leu”. Essa afirmação ecoou profundamente entre os presentes, refletindo a conexão emocional que muitos têm com as obras de Eça.

Um autor reconhecido

Embora a transladação tenha gerado controvérsias, a aprovação da Assembleia da República em janeiro de 2021 para conceder honras de Panteão Nacional a Eça foi unânime e reflete o impacto duradouro de sua obra na literatura portuguesa. Nascido em 1845 na Póvoa de Varzim, Eça de Queiroz faleceu em 1900, legando um vasto conjunto de romances e contos que continuam a ser estudados e admirados hoje.

O Panteão Nacional agora abriga uma sala dedicada ao autor. Seu ingresso lá é uma homenagem não apenas ao escritor, mas a todos os leitores que se encantaram com sua literatura ao longo das décadas.

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