Marcha Global para Gaza Interrompida

Autoridades Egípcias e Líbiase impedem ativistas de marchar para Gaza

Autoridades do Egito e da Líbia impediram a marcha de ativistas que buscavam romper o bloqueio de Israel sobre Gaza. Organizações envolvidas no movimento relataram que houve mais detenções e deportações durante os preparativos para a Marcha Global para Gaza.

Os organizadores afirmaram que “quarenta participantes da marcha tiveram seus passaportes confiscados em um ponto de checagem a caminho de Cairo”. Além disso, relataram que “eles estão sendo mantidos no calor e não estão autorizados a se mover” e que outros quinze ativistas estavam retidos em hotéis.

Os ativistas, provenientes de vários países como França, Espanha, Canadá, Turquia e Reino Unido, argumentaram que “somos um movimento pacífico e estamos cumprindo a lei egípcia”.

O objetivo da marcha é pressionar Israel a permitir a entrega de ajuda e suprimentos humanitários para a população de Gaza, que enfrenta uma grave crise alimentar.

Detenções e Deportações

De acordo com os planos divulgados pelos organizadores, os participantes deveriam viajar de ônibus até El Arish e, em seguida, caminhar os últimos 50 km até Rafah, onde deveriam acampar antes de retornar a Cairo.

Entretanto, a polícia egípcia parou vários grupos de estrangeiros ao longo do caminho, obrigando veículos a parar a cerca de 30 km de Ismailia. Ativistas relataram que a polícia ordenou que passageiros com passaportes não egípcios desembarcassem.

‘Nós tivemos nossos passaportes confiscados e estamos sendo detidos’, disse Paul Murphy, um deputado irlandês que estava no Egito para participar da marcha.

Fontes de segurança informaram que, no total, 88 indivíduos foram detidos ou deportados do aeroporto de Cairo e de outras localidades do país.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do Egito declarou que quaisquer visitas à área da fronteira de Rafah devem ser previamente coordenadas para garantir a segurança.

Caravana Bloqueada na Líbia

Uma caravana chamada “Soumoud”, que partiu da Tunísia com ativistas de vários países árabes, foi barrada na entrada da cidade de Sirte, na Líbia. Os organizadores disseram que a caravana precisa de autorização egípcia para alcançar Gaza, mas recebeu mensagens contraditórias das autoridades locais.

O Ministro da Defesa de Israel havia ordenado previamente que as forças militares bloqueassem a entrada de manifestantes em Gaza, alegando que os envolvidos eram “manifestantes jihadistas”. Isso acontece em um momento em que Israel continua a realizar ataques aéreos incessantes sobre Gaza, restringindo o fluxo de suprimentos humanitários.

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