Greve Parcial na Carris: Trabalhadores Protestam por Direitos Salariais em Lisboa

Os trabalhadores da Carris, empresa responsável pelo transporte público em Lisboa, iniciaram hoje uma greve parcial, que ocorrerá entre 1º e 6 de junho, com paradas de duas horas no início e no fim de cada turno. Além disso, está programada uma greve de 24 horas para o dia 12 de junho. Essa ação foi convocada pelos sindicatos que representam os colaboradores da empresa, que já possuem um histórico de negociações complexas com a direção.

Os serviços mínimos determinados por um tribunal arbitral incluem o transporte exclusivo de deficientes e os postos médicos da Carris, além de manter 50% do funcionamento nas linhas 703, 708, 717, 726, 735, 736, 738, 751, 755, 758, 760 e 767.

No dia 13 de maio, o Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) destacou que um acordo sobre as atualizações salariais não significaria o fim das negociações. A proposta inclui a formação de grupos de trabalho para discutir uma possível redução do horário de trabalho para 35 horas semanais.

Até o momento, os trabalhadores conseguiram reduzir sua carga horária para cerca de 37 horas e 30 minutos por semana. Essa conquista foi reconhecida somente algum tempo após a implementação das mudanças, e a primeira reunião do grupo de trabalho ocorreu em 30 de abril.

O presidente da Carris, Pedro de Brito Bogas, declarou à Lusa que tem mantido um diálogo construtivo com os sindicatos, mas admitiu que as demandas por aumentos salariais e a redução da jornada de trabalho representam desafios significativos. Ele afirmou: ‘Neste ano, estamos enfrentando dificuldades, pois estamos em um ciclo de forte aumento salarial e, ao mesmo tempo, existe uma reivindicação de redução do horário de trabalho de 40 para 35 horas.’

Bogas ressaltou que a diminuição do horário de trabalho para 35 horas, embora válida, apresenta preocupações em relação à sustentabilidade da empresa. ‘Não conseguimos, em um mesmo momento e em um período tão curto, aumentar significativamente as remunerações e diminuir o tempo de trabalho.’, explicou. Ele também mencionou o custo elevado dessa mudança, estimado em oito milhões de euros, e questionou a viabilidade logística de uma transição tão rápida.

A Carris está sob a gestão da Câmara Municipal de Lisboa desde 2017, e seus trabalhadores são representados por várias organizações sindicais, incluindo o SNMOT, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos (STRUP), e outros.

À medida que o protesto avança, a situação continua a evoluir, com os trabalhadores esperançosos de que suas reivindicações levem a melhorias nas condições de trabalho e na remuneração.

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