Na manhã desta quarta-feira, 14 de maio, a greve parcial dos revisores e trabalhadores da CP – Comboios de Portugal resultou na supressão de 59 comboios dos 250 programados entre a meia-noite e as 08:00. A maioria das ligações afetadas foi de comboios regionais, com 31 dos 67 previstos a não realizarem a viagem.
Nos comboios de longo curso, dos 13 programados, sete não saíram, segundo informações enviadas à agência Lusa. Embora todas as ligações urbanas de Lisboa tenham sido cumpridas, no Porto, 17 dos 52 comboios programados foram cancelados.
O representante do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Luís Bravo, anunciou que a adesão à paralisação foi de 100%, com apenas 25% dos serviços mínimos estipulados pelo Tribunal Arbitral a serem cumpridos. Segundo Bravo, ‘esperam-se apenas alguns efeitos nos comboios de longo curso, enquanto os urbanos estarão normalizados’.
A greve, que começou em 7 de maio, tem como objetivo reivindicar aumentos salariais e melhores condições para os trabalhadores, refletindo a indignação destes contra os baixos salários. Enquanto o Sindicato dos Maquinistas planeja a continuidade da greve ao trabalho suplementar, a situação gera vários constrangimentos à circulação ferroviária.
Os trabalhadores aguardam respostas do governo às suas demandas e denunciam a falta de ação por parte das autoridades competentes, já que acordos anteriores não foram cumpridos, conforme criticado por Luís Bravo: ‘O Governo não atuou porque não quis’.
A CP, por sua vez, tem emitido alertas sobre os impactos das greves na circulação de comboios ao longo da última semana.
Assim, a situação atual no transporte ferroviário continua a ser complicada, com as greves em pauta e os trabalhadores determinados a lutar por seus direitos.
