Jogo de Horror Gera Revolta por Incentivar Violência contra Mulheres

Indignação e Reação ao Lançamento

Um jogo de vídeo horrendo, intitulado No Mercy, gerou um furor generalizado por incentivar os jogadores a serem ‘o pior pesadelo das mulheres’. O protagonista do jogo é um personagem que comete atrocidades, incluindo o estupro de familiares, como sua mãe e tia.

Os jogadores são instruídos a ‘nunca aceitarem um não como resposta’ em sua busca para ‘subjugar’ e ‘possuir’ mulheres. Apesar de seus temas horríveis, o jogo não possui uma classificação etária oficial e estava disponível para venda na plataforma Steam, uma das lojas de jogos digitais mais populares.

Reação Pública e Retirada do Jogo

O desenvolvedor, Zerat Games, lançou No Mercy na Steam em março, onde crianças a partir de 13 anos podem criar uma conta. Embora a página do jogo tenha sido restrita apenas para usuários acima de 18, é fácil para os usuários mentirem sobre sua idade, uma vez que não há verificação.

A indignação levou os jogadores a iniciar uma petição que já arrecadou mais de 40.000 assinaturas exigindo sua remoção. O Secretário de Tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle, descreveu o jogo como ‘profundamente preocupante’.

Após a pesada repercussão internacional, o jogo foi removido da plataforma, mas os usuários que já o compraram ainda poderão jogá-lo.

A Indústria de Jogos e a Necessidade de Regulamentação

No Mercy se apresenta como uma ‘novela visual adulta em 3D com foco em Incesto e Dominação Masculina’. Os jogadores são incentivados a representar violência sexual horrenda contra mulheres para seu entretenimento.

Na página da Steam, o jogo se orgulha de conter violência, incesto, chantagem e ‘sexo não consensual inevitável’. Capturas de tela e trailers do jogo mostram conteúdo sexual explícito e perturbador, com poucos mecanismos para impedir o acesso de crianças.

Responsabilidade das Plataformas e Ações Futuras

Depois de intensas críticas públicas, a Steam tomou a decisão de tornar o jogo indisponível em várias regiões, incluindo o Reino Unido, Canadá e Austrália. O desenvolvedor respondeu afirmando que ‘não tem intenções de lutar contra o mundo’ e continuou defendendo o jogo como ‘apenas um jogo’.

Conclusão

A situação gerou um debate sobre a responsabilidade das plataformas de jogos em regular o conteúdo que disponibilizam. O Secretário de Estado do Reino Unido e a OFCOM, o regulador de mídia, estão sendo pressionados a agir para proteger os usuários de conteúdos nocivos.

Como esta controvérsia nos mostra, a indústria de jogos enfrenta desafios contínuos em equilibrar liberdade criativa e proteção do público.

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