Uma manhã de homenagem em Lisboa

Na manhã chuvosa de quarta-feira, uma cerimônia repleta de significados e honras foi realizada na Assembleia da República, em Lisboa, para a trasladação dos restos mortais do renomado escritor Eça de Queiroz. Às 9h, a cerimônia teve início, e a urna, coberta pela bandeira nacional, chegou ao parlamento acompanhada de uma escolta de honra motorizada.

Militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) retiraram a urna do veículo ao som de uma marcha fúnebre, conduzindo-a até a escadaria principal do parlamento, onde a banda da GNR se postou para prestar homenagem ao autor de obras célebres como “Os Maias”.

Os momentos marcantes da cerimônia

Os vice-presidentes da Assembleia da República e deputados, juntamente com a família de Eça de Queiroz, destacando o trineto e presidente da Fundação Eça de Queiroz, Afonso Reis Cabral, estiveram presentes. Enquanto isso, a chuva marcou a cerimônia, que começou como um tributo à grandiosidade da literatura portuguesa.

A urna foi colocada em um breque fúnebre que partiu em direção ao Panteão Nacional, situado na Igreja de Santa Engrácia, onde o escritor descansará junto a outras personalidades ilustres. Durante o cortejo, o hino nacional foi tocado para simbolizar o adeus ao escritor, que faleceu em 1900.

A importância do Panteão Nacional

O diretor do Panteão, Santiago Macias, afirmou que a inclusão de Eça de Queiroz lá ocupa um dos últimos quatro lugares disponíveis para arcas tumulares. Essa decisão histórica é reflexo do reconhecimento à sua contribuição ímpar na literatura.

Em resposta à questão sobre o que ocorrerá quando todos os espaços estiverem ocupados, Macias mencionou que soluções alternativas estão em consideração, como homenagens através de placas ou a possibilidade de se construir uma nova cripta no Panteão.

Legado de Eça de Queiroz

Eça de Queiroz continua a ser um pilar da literatura portuguesa, autor de obras que influenciaram gerações. O escritor, nascido em 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, deixou um legado literário que permanece relevante nos dias de hoje. Sua obra-prima “Os Maias” é frequentemente considerada um dos melhores romances realistas do século XIX.

Assim, a cerimônia de trasladação não apenas prestou homenagem ao homem, mas também à sua obra que continua a ressoar na cultura portuguesa moderna.

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